quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Evolução da Insulinoterapia


O tratamento do quadro de Diabetes Mellitus através de injeções contendo insulina sofreu várias mudanças desde sua descoberta. As primeiras aplicações datam da década de 20, como já foi dito aqui no blog. Naquela época foi comprovada a alta eficiência da aplicação da insulina em pacientes que já se encontravam em um nível clínico deteriorado. Estes apresentaram aumento drástico na expectativa de vida.

Porém, àquela época, o tratamento era feito com insulina de ação rapida, o que obrigava ao paciente fazer várias aplicações durante o dia, o que gerou muitas reclamacões. A partir daí, a comunidade científica e a industria farmacêutica se engajaram na procura de formas de melhorar o tratamento, por exemplo, aumentando o tempo de ação das insulinas.
Entre as décadas de 30 e 40, foi descoberto que quando adicionada protamina à molécula de insulina, seu efeito era prolongado.
Esta descoberta gerou a Insulina NPH, que é considerada de média duração. Também por volta da mesma época, adicionou-se zinco à molécula, formando a então
Protamine-Zinc Insulin (PZI). Nos anos seguintes, estas insulinas dominaram o mercado mundial, apesar de ainda apresentaram muitos problemas, principalmente relacionados à resistência imunológica à insulina.

A partir da década de 70, fruto dos enormes avanços na biologia, foi dado início à era das insulinas biossintéticas humanas. Estas tinham absorção mais rápida e já não apresentavam problemas de reações alérgicas. Dos últimos 15 anos para cá, tem surgido importantes análogos à insulina, como o lispro, a glargina e a glulisina. Uma maior variedade de insulina possibilita um maior controle dos índices glicêmicos, uma vez que o tratamento atual pode se adequar ao metabolismo do paciente, ou seja, é possível a administração de misturas de diferentes insulinas para ter certeza que a resposta será como esperada.

Fonte - Scielo Brasil:

PIRES, Antonio Carlos; CHACRA, Antonio Roberto. A evolução da insulinoterapia no diabetes melito tipo 1. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v. 52, n. 2, Mar. 2008 . Available from . access on02 July 2009. doi: 10.1590/S0004-27302008000200014.

Um comentário:

  1. É o melhor blog que já encontrei na internet. Se fosse para dar uma nota, eu daria 10.

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